quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Qual o significado dos “sábados” mencionados em Colossenses 2:16-17?

Em Colossenses 2:14-17, Paulo está falando das “ordenanças” cerimoniais do Antigo Testamento que cessaram com a morte de Cristo na cruz (verso 14). O verso 17 descreve essas ordenanças como “sombras” de um “corpo” que é Cristo, e Hebreus 8:5 fala do próprio sacerdócio que as oficiava como “figura e sombra das coisas celestiais”. Qualificando esses “sábados” como sombras “das coisas que haviam de vir” (versos 16-17), Paulo os distingue do sábado semanal, que é um memorial da criação (ver Gn 2:1-3; Êx 20:8-11; 31:16-17; Hb 4:4, 9-11), para identificá-los com os sábados anuais de Israel (ver Lv 23:4-44), que prefiguravam a redenção em Cristo.

A declaração “ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados” (Cl 2:16) é semelhante à de Oséias 2:11: “Farei cessar todo o seu gozo, as suas Festas de Lua Nova, os seus sábados e todas as suas solenidades.” As expressões “seus sábados” e “vossos sábados” (em contraste com “Meus sábados” e o “sábado do Senhor”) referem-se nas Escrituras geralmente ao ano sabático de descanso da terra (Lv 25:1-7; 26:34-35; 43; II Cr 36:21) ou às santas convocações anuais dos israelitas, também denominadas de sábados (Lv 23:27 e 32). Esses sábados cerimoniais cessaram com a morte de Cristo (Cl 2:14-17), enquanto o sábado semanal continua vigente durante a “nova aliança” (Jr 31:31-33; Is 56:1-7; Hb 4:9-11).

Cremos, portanto, que os autores batistas Jamieson, Fausset e Brown estão corretos ao interpretarem Colossenses 2:16 nos seguintes termos: “SÁBADOS (não “os sábados”) do Dia da Expiação e da Festa dos Tabernáculos chegaram ao fim com os serviços judaicos aos quais pertenciam (Lv 23:32, 37-39). O sábado semanal repousa sobre um fundamento mais permanente, havendo sido instituído no Paraíso para comemorar o término da criação em seis dias. Levíticos 23:38 distingue claramente ‘o sábado do Senhor’ dos demais sábados.”

Texto de autoria do Dr. Alberto Timm, publicado na Revista Sinais dos Tempos, março de 1998, p. 29.

Fonte: SÉTIMO DIA

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