segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

A oração "santifica" alimentos "imundos"? (1Tim. 4:1-5)

I TIMÓTEO 4:1-5

“Mas o espírito expressamente diz que nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras e têm cauterizada a própria consciência, que proíbem o casamento, e ordenam a abstinência de alimentos que deus criou para os fiéis, e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças; porque tudo o que deus criou é bom, e não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças; porque pela palavra de deus, e pela oração, é santificada”.

É muito comum algumas pessoas se apegarem a esta passagem da Bíblia para justificarem o fato de que, segundo elas, a "nova aliança" (ou "dispensação" para os mais "chiques") não exige mais obediência aos princípios alimentares do Antigo Testamento (cf. Lev. 11).

Mas... é isso mesmo?

Alimentos declarados como imundos na Bíblia são purificados pela oração?

Há dois problemas com esse tipo de interpretação:

1o. A contradição com outras passagens da Bíblia:

Isa. 66:17 - “os... que comem carne de porco, coisas abomináveis e rato serão consumidos, diz o Senhor”.
Salmo 89:34 - “...não alterarei o que saiu dos Meus lábios”.
2Cor. 6:17 - “...não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei” (Isa. 52:11; Deut. 14:8).
Apoc. 18:2 - “...babilônia, ...esconderijo de toda ave imunda e detestável”.

2o. Muito dificilmente os defensores dessa posição comeriam, mesmo com muita oração, certos animais. Teríamos também que admitir a prática do canibalismo, se os canibais apenas orarem antes de comer. Absurdo!!!!
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