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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

A oração "santifica" alimentos "imundos"? (1Tim. 4:1-5)

I TIMÓTEO 4:1-5

“Mas o espírito expressamente diz que nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras e têm cauterizada a própria consciência, que proíbem o casamento, e ordenam a abstinência de alimentos que deus criou para os fiéis, e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças; porque tudo o que deus criou é bom, e não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças; porque pela palavra de deus, e pela oração, é santificada”.

É muito comum algumas pessoas se apegarem a esta passagem da Bíblia para justificarem o fato de que, segundo elas, a "nova aliança" (ou "dispensação" para os mais "chiques") não exige mais obediência aos princípios alimentares do Antigo Testamento (cf. Lev. 11).

Mas... é isso mesmo?

Alimentos declarados como imundos na Bíblia são purificados pela oração?

Há dois problemas com esse tipo de interpretação:

1o. A contradição com outras passagens da Bíblia:

Isa. 66:17 - “os... que comem carne de porco, coisas abomináveis e rato serão consumidos, diz o Senhor”.
Salmo 89:34 - “...não alterarei o que saiu dos Meus lábios”.
2Cor. 6:17 - “...não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei” (Isa. 52:11; Deut. 14:8).
Apoc. 18:2 - “...babilônia, ...esconderijo de toda ave imunda e detestável”.

2o. Muito dificilmente os defensores dessa posição comeriam, mesmo com muita oração, certos animais. Teríamos também que admitir a prática do canibalismo, se os canibais apenas orarem antes de comer. Absurdo!!!!

sábado, 26 de setembro de 2015

O Poder da Oração

Damos sempre graças a Deus… quando oramos por vós… Por esta razão, também nós, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da Sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual. Col. 1:3 e 9.
No dia 14 de Abril de 1912, o famoso navio Titanic partiu da Inglaterra para Nova Iorque, Estados Unidos. Era sua primeira viagem e ninguém imaginava que também seria a última. Às 23h40, o navio chocou-se contra um bloco de gelo. Abriu-se um enorme buraco no seu casco e ele começou a afundar lentamente. Em instantes, desapareceu. Mais de 1.500 pessoas morreram naquela noite.
O coronel Archibald Gracie era um dos passageiros. Sua esposa o aguardava em Nova Iorque, a milhares de quilômetros do local do acidente. Porém, naquela noite, ela não conseguia dormir. Uma estranha sensação pairava no ar. Por isso resolveu orar, mal sabendo que seu esposo lutava entre a vida e a morte nas águas do Atlântico Norte. Finalmente, a Sra. Gracie sentiu paz. Mais tarde, ela disse: “Foi como se os braços de Deus me envolvessem. Voltei para a cama e dormi.”
Naqueles momentos, quando o coronel pensou que ia morrer e, sem forças, já estava desistindo de lutar, um barco salva-vidas apareceu, como se viesse do nada. Em desespero, ele agarrou-se ao costado do barco e sentiu braços fortes o puxarem para dentro.
Deus responde as orações. E feliz é a família cujos membros oram uns pelos outros. A oração intercessória é bíblica. Confinado a uma prisão romana, Paulo confortou os filipenses com as palavras “Fazendo sempre, com alegria, súplicas por todos vós.” Filip. 1:4. Aos colossenses, ele disse: “Não cessamos de orar por vós.” Col. 1:9. Paulo cria na oração.
Ellen White também acreditava no poder da intercessão. E nos incentivou a orar mais, ao escrever: “Não apreciamos como devíamos o poder e eficácia da oração. A oração e a fé farão o que nenhum poder da Terra conseguirá realizar.” – A Ciência do Bom Viver, pág. 509. Busque a Deus, peça que Ele responda à sua oração de fé, e observe as maravilhas que Ele fará.
Pr. Mark Finley – Sobre a Rocha
Fonte: SÉTIMO DIA

sábado, 27 de junho de 2015

Você nem vai acreditar no que acreditam os evolucionistas

Os evolucionistas discutem sobre muitas coisas, mas uma coisa que eles concordam é que a ideia deles é um fato científico. É a única posição definitiva, de consenso dentro do pensamento evolucionário. Os evolucionistas dizem que a sua ideia é tanto um fato quanto é a gravidade, a esfericidade de Terra e o heliocentrismo. Essas afirmações começaram logo após o livro de Charles Darwin sobre a evolução foi publicado, e elas têm aumentado dese então.

Essas afirmações são como uma lanterna de luz vermelha indicando um problema. Pois, é claro, a evolução não é um fato científico. Na verdade, há problemas científicos tremendos com a noção de que algo veio do nada, ou no caso da evolução biológica, que as milhões e milhões de espécies da natureza, com seu design profundo, surgiram espontaneamente estritamente de acordo com a lei natural. A evolução, de uma forma ou de outra, pode, de alguma maneira, ser verdade. Esta é uma questão difícil, pois quem realmente sabe como que surgiu realmente o mundo e toda a biologia?

Todavia, o que não é uma questão difícil é se a ideia é um fato científico. Pois a afirmação de que a evolução é um fato não é uma afirmação sobre o passado distante, mas uma afirmação sobre o nosso conhecimento do passado distante. Nós podemos não saber com certeza o que aconteceu no passado distante, mas nós sabemos com certeza que nós sabemos sobre isso. E nós não sabemos ser a evolução um fato. Nem aproximadamente. Se alguma coisa, nós sabemos que a ideia é grandemente desafiada pela ciência. Ela certamente não é um fato científico. E assim a certeza do evolucionista de que a evolução é um fato é um sinal de metafísica subjacente.

Quando as pessoas acreditam em coisas que elas não entendem e, além disso, insistem em dizer que elas estão certas e todo mundo está errado, e quem ousar questionar a evolução deve ser boicotado, então há um problema. Infelizmente, é isso exatamente que descreve a evolução. Então eis aqui uma pequena amostra das afirmações dos evolucionistas sobre “o fato” da evolução que você nem irá acreditar.

Aproximadamente 30 anos após ter sido publicado o livro de Darwin, o professor de evolução Joseph Le Conte escreveu isto:

“A evolução é, certamente, uma legítima indução a partir dos fatos da biologia. Mas nós estamos preparados para ir muito além. Nós estamos confiantes que a evolução é absolutamente certa. Não, na verdade, a evolução como uma teoria especial —Larmarckista, Darwinista, Spenceriana—pois todas essas são maneiras mais ou menos exitosas de explicar a evolução … mas a evolução como uma lei de derivação de formas a partir de formas prévias; a evolução como uma lei de continuidade, como uma lei universal de vir a ser. Neste sentido ela não somente é certa, ela é axiomática. …

Assim também, as origens de novas formas orgânicas podem ser obscuras ou até inexplicáveis, mas nós não devemos por conta disso duvidar que elas tiveram uma causa natural, e surgiram por um processo natural; pois fazer isso é duvidar também da validade da razão, e a constituição racional da Natureza orgânica. A lei da evolução é nada mais do que científica ou, na verdade, o modo racional de pensar sobre a origem das coisas em cada departamento da Natureza. … a lei da evolução é tão certa quanto a lei da gravitação. Nada, ela é muito mais certa …”

Mais recentemente, o evolucionista R. C. Lewontin escreveu isto em uma publicação científica:

“É um fato que todas as formas vivas vieram de formas vivas precedentes. Portanto, todas as formas de vida atuais surgiram de formas ancestrais que eram diferente. As aves surgiram de não aves, e humanos de não humanos. Nenhuma pessoa que pense ter qualquer entendimento do mundo natural pode negar esses fatos mais do que ela ou ele possa negar que a Terra é redonda, gira em seu eixo, e em torno do Sol.”

O evolucionista Neil Campbell escreveu isso no seu livro didático de Biologia:

“O termo teoria não é mais apropriado, exceto quando se referir aos vários modelos que tentam explicar como a vida evolui … é importante entender que as atuais questões sobre como a vida evolui, de moo algum implica qualquer desacordo sobre o fato da evolução.”

Eis aqui outro exemplo, do livro didático de Douglas Futuyma:

“Algumas poucas palavras precisam ser ditas sobre a “teoria da evolução,” que a maioria das pessoas consideram significar a proposição de seu os organismos evoluíram de ancestrais comuns. Na linguagem do dia a dia, “teoria” frequentemente significa uma hipótese ou até mesmo uma mera especulação. Mas em ciência, “teoria” significa “uma declaração do que é considerado ser as leis gerais, os princípios, ou as causas de algo conhecido ou observado” como o Oxford English Dictionary define teoria. A teoria da evolução é um corpo de declarações interconectadas sobre a seleção natural e outros processos que são considerados como causando a evolução, assim como a teoria atômica da Química e a teoria mecânica newtoniana são corpos de declarações que descrevem as causas dos fenômenos químico-físicos. Em contraste, a declaração de que os organismos descenderam com modificações de ancestrais comuns -a realidade histórica da evolução- não é uma teoria. É um fato, tão plenamente verdadeiro quanto é o fato da Terra girar em torno do Sol. Assim como o sistema heliocêntrico, a evolução começou como uma hipótese, e atingiu o status de “fato” quando a evidência em seu favor se tornou tão forte que nenhuma pessoa instruída e imparcial poderia negar sua realidade. Hoje, nenhum biólogo pensaria submeter um artigo intitulado “Nova evidência a favor da evolução”, pois isso simplesmente não tem sido uma questão há um século.”

Até a National Academy of Sciences [Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos] declara que a evolução é um fato. Eles explicam que em ciência a palavra “fato” pode ser usada “para significar algo que tem sido testado ou observado tantas vezes que não existe mais razão convincente para continuar testando ou procurar por exemplos. A ocorrência da evolução neste sentido é um fato. Os cientistas não questionam mais se a descendência com modificação ocorreu porque a evidência apoiando a ideia é muito forte.”

No seu livro What Evolution Is, o evolucionista Ernst Mayr escreveu:

“Contudo, por todo o século 19, sempre que as pessoas falavam sobre a evolução, elas se referiam a ela como uma teoria. Na verdade, no começo, o pensamento de que a vida na Terra poderia ter evoluído era meramente uma especulação. Mas, começando com Darwin em 1859, mais e mais fatos foram descobertos que eram compatíveis somente com o conceito de evolução. Eventualmente, foi amplamente considerado que a ocorrência da evolução era apoiada por uma quantidade impressionante de evidência que ela não podia mais ser chamada de teoria. Na verdade, uma vez que ela era tão bem apoiada pelos fatos assim como era a heliocentricidade, a evolução também tinha que ser considerada como um fato, como a heliocentricidade. …

A evolução é um processo histórico que não pode ser provado pelos mesmos argumentos e métodos pelos quais os fenômenos puramente físicos ou funcionais podem ser documentados. A evolução como um todo, e a explicação de eventos particularmente evolucionários, devem ser inferidos de observações. Tais inferências, subsequentemente, devem ser sempre testadas contra novas observações, e a inferência original ou é falsificada ou considerada fortalecida quando confirmada por todos esses testes. Todavia, a maioria das inferências feitas pelos evolucionistas têm sido, por ora, testadas com êxito tão frequentemente que elas são aceitas como certezas.”

Mayr também conclui:

“É muito questionável se o termo “teoria evolucionária” deva ainda ser usada. Que a evolução ocorreu e ocorre a todo o tempo é um fato tão esmagadoramente estabelecido que se tornou irracional chamá-la de teoria. …

A evolução não é meramente uma ideia, uma teoria, ou um conceito, mas é o nome de um processo na natureza, a ocorrência do qual pode ser documentado por montanhas de evidência que ninguém tem sido capaz de refutar. Algumas destas evidência foi resumida nos capítulos 1-3. Na verdade, é realmente enganoso se referir à evolução como uma teoria, considerando-se as grandes quantidades de evidências que foram descobertas ao longo dos últimos 140 anos documentando sua existência. A evolução não é mais uma teoria, ela simplesmente é um fato.”

E no seu livro Why Evolution is True, o evolucionista Jerry Coyne escreveu:

“Bem, quando nós dizemos que a “evolução é verdadeira”, o que nós queremos dizer é que os principais fundamentos do darwinismo foram verificados. Os organismos evoluíram, gradualmente, as linhagens se dividiram em espécies diferentes de ancestrais comuns, e a seleção natural é a principal máquina de adaptação. Nenhum biólogo sério duvida dessas proposições.”

Estas são citações representativas da posição consensual dos evolucionistas. Seria difícil de se encontrar exemplos mais óbvios de deturpação de ciência.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

20 Profecias sobre a Segunda Vinda já Cumpridas ou em Andamento

A Gloriosa Esperança

Uma das mais solenes e gloriosas verdades reveladas na Bíblia é a segunda vinda de Cristo, para completar a grande obra da redenção.
Quando o Salvador estava prestes a ser separado de seus discípulos, confortou-os em sua tristeza com a certeza de que Ele viria novamente: “NÃO se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim” (João 14:1-3). “E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; E todas as nações serão reunidas diante dele” (Mateus 25:31-32).
A vinda do Senhor tem sido em todos os séculos a esperança de Seus verdadeiros seguidores. A promessa do Salvador no Monte das Oliveiras, de que viria outra vez, iluminou o futuro para os seus discípulos, enchendo seus corações de alegria e esperança, que tristezas não poderiam apagar nem provações ofuscar. Em meio de sofrimento e perseguição, “o aparecimento do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo” é a “bendita esperança”. Quando os cristãos tessalonicenses estavam cheios de pesar ao sepultarem os seus entes queridos, que haviam esperado viver para testemunhar a vinda do Senhor, Paulo, seu professor, apontou-lhes a ressurreição, que ocorrerá por ocasião do advento do Salvador. Então, os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro e juntos com os vivos serão arrebatados para encontrar o Senhor no ar. “E assim”, disse ele, “estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras” ( 1 Tess 4:16-18).
Na rochosa ilha de Patmos o discípulo amado ouve a promessa: “Certamente, cedo venho”, e sua anelante resposta sintetiza a prece da igreja em toda a sua peregrinação: “Ora vem, Senhor Jesus” (Apoc. 22:20).
A profecia não somente prediz a maneira e desígnios da vinda de Cristo, mas apresenta sinais pelos quais os homens devem saber quando ele está próximo. Nesta seção, vamos olhar para 20 sinais de que a volta do Senhor está próxima, “mesmo à porta”.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

A Bíblia Apoia a Teologia da Prosperidade?

As palavras de Jesus: “Pedireis o que quiserdes, e vos será feito” (Jo 15:7) constituem um endosso à teologia da prosperidade?

É verdade que, fora de seu contexto, essa afirmação de Jesus poderia ser tomada como endosso ou apoio à teologia da prosperidade, tão em moda, hoje. Essa teologia faz do crente e seu Deus nada mais que dois barganhadores: o crente devolve o dízimo ou dá ofertas em troco de um carro ou apartamento, por exemplo. Em vez de um relacionamento salvífico, ocorre aí mero relacionamento financeiro. Tudo se reduz ao ato de dar para receber algo em troca.

Bem, vamos ao texto de João 15:7: “Se permanecerdes em Mim, e as Minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito.” A que se referia Jesus com a expressão “pedireis o que quiserdes”? Seria primeiramente uma referência a bens materiais? Uma análise atenta do contexto mostrará que não era a bens ou frutos materiais que Cristo Se referia.

O contexto é todo o capítulo 15 de João, onde aparece a ilustração da videira e seus ramos, a qual ilustra o íntimo relacionamento espiritual entre o crente e Cristo. Esse relacionamento produz frutos espirituais. Quais são? O primeiro é o amor (15:9, 12, 17); a seguir, obediência (15:10, 14), gozo ou alegria (15:11), altruísmo (15:13), humildade e perseverança em meio ao sofrimento (15:20). Perceba que alguns desses frutos aparecem também na famosa lista do “fruto do Espírito”, em Gálatas 5:22, 23. É importante ver que também em João 15 esses frutos estão vinculados à atuação do Espírito Santo na vida do crente. No verso 26, Jesus fala que enviaria a Seus seguidores o Consolador, o Espírito da verdade. Como resultado da atuação do divino Espírito, os crentes haveriam de “testemunhar” (verso 27). Mas, testemunhar como? Obviamente, testemunho pelos frutos do Espírito, manifestados na vida dos seguidores de Jesus (amor, alegria, altruísmo, humildade, perseverança).

Para que não paire nenhuma dúvida sobre o que poderá – de acordo com o capítulo 15 de João – ser pedido ao Senhor e Ele certamente atenderá, deve-se atentar para a expressão “e o vosso fruto permaneça”, no verso 16. Ou seja, no capítulo 15 de João, Jesus Se refere àquilo que “permanece” (como é o caso do fruto do Espírito já mencionado), e não às coisas terrenas e passageiras.

No entanto, mesmo não sendo o assunto tratado no capítulo 15 de João, Deus está disposto a nos dar coisas, se elas contribuírem para nosso bem, uma vez que estejam de acordo com a Sua vontade. Tiago fala de pessoas que “pedem mal”, “para esbanjar em seus prazeres” (4:3). Isto é, pedem coisas apenas para ostentar riqueza, para satisfação egoísta, ou ainda como simples barganha com Deus. Mas pedir ao Senhor possibilidade de ter uma casa própria, um veículo como instrumento de trabalho e locomoção, emprego para o ganha-pão, etc., são pedidos aceitáveis e não pecaminosos. A verdade é que nosso Pai celeste está desejoso de dar “boas coisas aos que Lhe pedirem” (Mt 7:11). No entanto, essas coisas devem vir sempre em segundo lugar, pois primeiramente devemos “buscar o reino de Deus e Sua justiça” (Mt 6:33). Se contribuírem para nosso bem, as coisas materiais nos serão dadas por Deus. Mas não façamos do “ter” assunto prioritário em nossa vida.

Por Ozeas C. Moura, doutor em Teologia Bíblica e professor no Salt Unasp – Campus Engenheiro Coelho, publicado na RA de abr/2011.

Fonte: SÉTIMO DIA

quarta-feira, 4 de junho de 2014

O casamento não mata o amor


O que faz o amor durar? O texto é de Annete Bowen e as dicas que ela oferece, todas elas aplicadas em seu próprio casamento, são simples, porém eficientes. Uma leitura que vale apena ser desfrutada até o final. Seu casamento não merece?
 
Tenho uma amiga que está se apaixonando. Ela afirma honestamente que o céu está mais azul; tem notado a suave fragrância das flores ao lado de sua garagem, embora antes passasse por elas sem parar; e Mozart a leva às lágrimas. Em resumo, a vida nunca foi tão excitante. “Sou jovem, novamente!” diz ela de maneira exuberante. Tenho de admitir que o rapaz deve ser melhor que as clínicas de emagrecimento. Ela já perdeu sete quilos e está parecendo uma modelo de capa de revista.

Enquanto minha amiga delira com seu novo romance, dei uma investigada no meu velho amor. Meu marido, Scott, ainda não teve a crise da meia-idade, mas é candidato a tê-la. As entradas em seu cabelo estão se acentuando, e já ganhou sete quilos. Antes ele era um corredor de maratonas, feito só de músculos e nervos, e agora corre somente nos corredores do hospital. Seu corpo mostra os sinais de longas horas de trabalho e excesso de açúcar. No entanto, ele ainda consegue me lançar um cativante olhar do outro lado da mesa do restaurante que me faz desejar pedir a conta imediatamente e ir direto para casa.

Meu natural brilho já diminuiu um pouquinho depois de 16 anos. Posso ficar com uma ótima aparência quando julgo necessário, mas não penso duas vezes em andar pela casa com meu velho abrigo largo e com as meias de lã cinza do meu marido.

Minha amiga perguntou-me: “O que faz este amor durar?” Eu lhe disse que iria pensar em sua pergunta.

Examinei todas as razões óbvias: dedicação, interesses partilhados, abnegação, atração física, habilidade de nos comunicarmos; contudo, encontrei outras. Por exemplo:

DIVERSÃO Temos momentos engraçados espontâneos. Um dia, enquanto estamos na mercearia, dividimos a lista e depois saímos correndo para ver quem pegava as coisas e chegava ao balcão para pagar primeiro. Fizemos do jantar que nós dois preparamos juntos uma obra de arte. Mesmo lavar louça juntos pode ser uma coisa fabulosa. Apreciamos o simples fato de estarmos juntos.

PEQUENAS SURPRESAS Certa vez, quando cheguei do trabalho havia um bilhete na porta da frente. Esse bilhete me levou a outro, e depois a outro, até que – depois de muitos bilhetes cheguei ao armário embutido. Abri a porta e encontrei Scott segurando um “pote de ouro” (minha chaleira) e o “tesouro” (um presente embrulhado). Ele ficou se escondendo ali durante uma hora, pulando de volta para o armário cada vez que ouvia passos na escada. Desde então, sempre deixo bilhetes para ele no espelho ou coloco pequenos presentes em seu travesseiro.

COMPREENSÃO Eu compreendo porque ele tem de jogar basquete com os amigos regularmente. E ele entende por que, mais ou menos uma vez ao ano, eu preciso ficar longe da casa, do telefone, das crianças – e mesmo dele – para encontrar minhas irmãs em algum lugar e passar alguns dias com elas, descontraidamente.

PARTICIPAÇÃO MÚTUA Não apenas partilhamos as contas a pagar, as preocupações do lar, os fardos da paternidade e da cozinha – partilhamos também ideias. Scott chegou de um congresso médico e me presenteou com um volumoso clássico histórico. Fiquei feliz ao ouvi-lo dizer que lera o livro no avião. Esta confissão veio de um homem que ama ficção científica e histórias policiais. Ele o leu porque desejava estar apto a partilhar comigo ideias sobre o livro após minha leitura.

ABERTURA É confortante saber que posso dizer à garçonete: “Traga-me apenas um garfo, por favor. Quero só um pedacinho da sobremesa dele”. Sei que ele permite que eu tire um pedacinho. Se Scott realmente quer cada pedacinho da sua sobremesa, sei que ele vai dizer: “Desculpe, mas peça uma para você!” E se ele não quer dividi-la, não fico ofendida.




PERDÃO Quando sou muito barulhenta e bagunceira nas festas e deixo nós dois envergonhados por não saber quando calar a boca, Scott me perdoa. Ele sabe que não posso resistir a um bom monopólio da conversa. Eu o perdoei também quando ele chegou em casa e disse que havia perdido parte de nossas economias na bolsa de valores. Dei-lhe um abraço e disse bravamente: “Tudo bem. É apenas dinheiro”.

SENSIBILIDADE Sei como não ficar censurando-o por chegar tarde quando ele vem do hospital com uma certa expressão nos olhos; certamente foi um dia pesado. Numa ocasião ele entrou pela porta com aquela expressão de cansaço nos olhos. Depois de ter passado algum tempo com as crianças e ter jantado, pergunte-lhe: “Que aconteceu?” Ele me contou sobre uma senhora de 60 anos que havia tido um derrame. Apesar de todo o esforço que fizera durante quatro horas, ela ainda estava em coma.

Quando ele voltou ao quarto do hospital para vê-la, chorou ao ver o marido daquela senhora, em pé a seu lado, acariciando a mão dela. Scott chorou novamente ao me dizer que achava que aquela mulher não ia sobreviver. E como iria ele dizer ao homem que havia sido o esposo dela por quarenta anos que provavelmente ela nunca se recuperaria?

Fiquei emocionada. Porque ainda há pessoas que estão casadas há quarenta anos e porque meu marido ainda se comove e se preocupa, mesmo depois de 16 anos de atividades hospitalares.

CONHECIMENTO Sei que Scott colocará sua roupa para lavar com vergonha do incômodo que causa toda noite; sei que ele estará sempre atrasado para a maioria dos compromissos; que deixará o jornal espalhado pelo chão três vezes em cinco; e que vai comer o último doce da caixa. Ele sabe que durmo com um travesseiro em cima da cabeça; que estou sempre nos trancando fora da casa ou do carro; que sempre tenho um chilique antes das férias; e que eu também vou comer o último doce da caixa.

Acho que nosso amor perdura porque é confortável. Não, o céu não é mais azul – é simplesmente de um matiz familiar. Não estamos notando muitas coisas novas sobre a vida ou sobre o outro, mas gostamos do que já notamos e tiramos proveito de reaprender isso. A música ainda tem significado porque conhecemos as harmonias. Não nos sentimos mais totalmente jovens.  Já experimentamos muita coisa que contribuiu para nosso amadurecimento e sabedoria, que já cobrou seu tributo sobre nossos corpos, e que criou nossa caixa de memórias entesouradas.

Espero que tenhamos obtido o necessário para fazer nosso amor perdurar. Quando eu era jovem e noiva, mandei gravar na aliança de Scott este verso de Robert Browning: “Envelheça comigo!” Estamos seguindo essas instruções.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Fúria de Titãs



Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade. (2 Pedro 1:16)


Depois do clássico filme Fúria de Titãs (1981), a mitologia grega voltou a moda com a versão de 2010 de Fúria de Titãs, cheia de efeitos especiais atualizados, cenas de ação e muita distorção do filme e do mito original para tentar ganhar o público mais preocupado em ver os temas comuns que gosta refletidos nos personagens. É um ‘Perseu’ pós adolescente em conflito com o pai (Zeus) que mostra que ‘é o cara’ ao acabar com monstros míticos, praticamente sem precisar dos deuses, mostrados como inúteis e indiferentes. As multidões assistem esses filmes sobre heróis gregos e no entanto nem fazem ideia do que realmente está por trás da estória que pretende ser apenas um passa tempo visual para quem não acredita em Medusas, mas curte ficar petrificado na frente da telinha ou telona.

O que está por trás da verdadeira história de Perseu e Andrômeda?

Historiadores concordam que os primeiros gregos da tribo dos Aqueus chegaram à região de Micenas, Argos e Tirinto onde absorveram os habitantes locais que viviam na idade da pedra, enquanto os Aqueus estavam na idade do bronze. Destes habitantes das cavernas que mais tarde seriam chamados de homens primitivos, os gregos podem ter tirado a inspiração para as lendas sobre ciclopes e gigantes, mostrados como seres fantásticos e rudes, habitando cavernas que ajudam os heróis e reis a construírem as primeiras muralhas de pedra.

Segundo a lenda, em Argos vive o rei Acrísio, irmão gêmeo de Preto que reina em Tirinto depois de perder Argos para o irmão. A lenda diz que Acrísio teme uma profecia de que o seu neto através de sua filha Dânae um dia o matará, então a tranca numa torre para não ter contato com nenhum homem, porém ela é avistada por Zeus que se derrama sobre a moça na forma de uma chuva de ouro e a engravida.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

O Arrebatamento Secreto não é uma Doutrina Bíblica

É grande o número de cristãos sinceros que acreditam que Jesus virá, num primeiro momen­to, de maneira secreta, para arrebatar os Seus filhos, aqueles que O aceitaram como Salvador e a Ele se mantêm fiéis. Esta primeira vinda é comumente chamada de arrebatamento ou rap­to da Igreja. É necessário que todos os que as­sim crêem atentem mais detidamente para os tex­tos bíblicos que deram origem a esta doutrina, para que não haja nenhuma dúvida com respeito a tão importante assunto.

Este pensamento é re­lativamente recente e somente começou a ser en­sinado e crido poucos anos atrás, depois da pu­blicação do livro “A Agonia do Planeta Terra”, baseado em teorias do século XIX, copiadas de um autor jesuíta, que defendia e ensinava o arrebatamento secreto da igreja. Segundo este pensamento, a volta de Jesus se dará em duas etapas: a primeira será secreta e arrebatará a igreja e todos os que se man­tiverem fiéis e obedientes ao Evangelho. A segunda vinda será a revelação, quando Jesus virá com todos os salvos, após a festa das bodas do Cordeiro, no Céu.

Na realidade, Jesus virá duas vezes a esta Terra, mas nenhuma delas será secreta. A Palavra de Deus em momento algum autoriza este pensamento, que traz em si, um grave erro que pode se revelar fatal para muitos. Por este pensamento ad­mite-se uma segunda oportunidade para os que não tiverem sido arrebatados secretamente, da pri­meira vez.

Portanto, este assunto reveste-se de uma importância ta­manha, que somente a eternidade irá revelar. Muitos poderão perder a salvação, embalados pela falsa esperança desta segunda oportunida­de. É necessário que se compreenda perfeitamente onde se originou este erro, e qual é o propósito de Deus, ao revelar este acontecimento, através de Seus profetas. De uma coisa não pode haver dúvida: não podem existir na Palavra de Deus duas verdades sobre um mesmo as­sunto. Qual será, então, a versão correta?

Primeiramente é necessário que se escla­reça um fato que tem sido um dos fundamentos da doutrina do arrebatamento secreto. Esta doutrina tem como base a afirmação de que Deus divide a raça humana em três grupos de povos: judeus, gentios e igreja.

De acordo com este ensinamento, para os judeus Jesus virá como seu Messias, Salvador e Libertador, para introduzi-los no Milênio. Para os gentios, Jesus virá como Juiz, Senhor dos Senho­res e Deus Forte; para a Igreja Jesus virá como seu Noivo Celestial, a fim de levá-la para Sua glória.

Este pensamento não é verdadeiro, no que diz respeito à divisão da raça humana, por Deus. A Bíblia Sagrada é clara, redundante e não admi­te contestação ao fato de que Deus não faz acepção de pessoas. Em circunstância alguma o Juiz de Toda a Terra (Gênesis 18:25) poderia cometer algum ato de injustiça ou, mesmo, de preferência por pessoas, grupos ou o que quer que fosse, em detrimento de outros, não importa a sua qualifi­cação.

O que a Bíblia diz claramente é que Deus é o Pai e Criador de toda a carne. A positiva afir­mação das Escrituras é de que Ele ama a todos, indistintamente, com um amor infinito, incom­preensível para mentes humanas. Ele deseja que todos se salvem e que ninguém se perca. Não tem Ele prazer na morte do ímpio, como afirma por Sua Palavra: “Porque não tomo prazer na morte do que morre, diz o Senhor Jeová; convertei-vos, pois, e vivei. Vivo Eu, diz o Senhor Jeová, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que razão morrereis?…” (Ezequiel 18:32 e 33:11).

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Como suportar pessoas insuportáveis na igreja

Todos nós conhecemos e convivemos com pessoas insuportáveis dentro da igreja. Gente chata, pedante, mentirosa, enganadora, hipócrita, arrogante, sem noção, inconveniente, deselegante, ofensiva, sem limites, abusada, sem amor, irritante, insubmissa, incompatível… Nossa, são tantos os adjetivos que tornam uma pessoa insuportável que fica até difícil listar todos. Mas elas estão aí, fazem parte da nossa vida, a convivência geralmente é compulsória e não tem jeito: somos obrigados a compartilhar ambientes, conversas, tarefas ou simplesmente a presença delas. A pergunta é: como suportar as pessoas insuportáveis que convivem conosco na igreja?

Nessa hora, como em tudo na vida, temos que voltar nossos olhos para as Sagradas Escrituras em busca de respostas. Porque, se formos agir segundo a nossa carne, simplesmente vamos começar a brigar, ofender, cortar relações e a ter outras reações nada espirituais com relação a essas pessoas insuportáveis. Quando, na verdade, Jesus deseja que nós consigamos conviver com o diferente. Porque, se você parar pra pensar, a pessoa nada mais é do que uma “pessoa diferente” de você. Numa família, por exemplo, onde todos falam baixo, o insuportável é aquele primo que fala alto como um italiano. Já num família de italianos, o insuportável pode ser aquele que não participa da bagunça, como aquele primo que se comporta como um inglês.

Então, ser ou não ser insuportável depende de quão diferente alguém é de você. Esse é o parâmetro. Eu já ouvi de certas pessoas “nossa, o fulano é tão caladinho”. Outras vezes, ao final de uma viagem soube que esse mesmo fulano incomodou as pessoas no carro “de tanto que ele falou”. Certamente tal fulano não é calado e tagarela ao mesmo tempo, mas dependendo do contexto em que está se torna mais ou menos insuportável.

E, vou te contar um segredo: a esmagadora maioria das pessoas é diferente de você. Logo, insuportável. Dentro da igreja, então, onde todos deveriam ser um amor e agir segundo o exemplo de Cristo, o coeficiente de insuportabilidade é enorme. Que fazer? Deixar de ir à igreja? Fugir da comunhão?

Paulo toca no assunto em Efésios 4. Ele diz: “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor“. Repare: de todas as atitudes que o apóstolo poderia nos recomendar ter, ele nos manda logo “suportar uns aos outros“. E se você for pensar bem, ele certamente não está mandando suportar quem é gente fina, os carismáticos, os que nos fazem rir e sorrir. Está se referindo aos insuportáveis.

Mas, Zágari, e aí, qual é o segredo para conseguir isso? Como suportar os insuportáveis como a Biblia manda? O segredo é o que Paulo diz logo depois:“suportando-vos uns aos outros em amor“. Amor: essa é a formula mágica.

Isso se confirma quando lemos 1Co 13.7: “O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta“. Sim, o amor tudo suporta, inclusive o que é insuportável. Senão não seria “tudo”. “Mas falar de amor é fácil”, alguém poderia argumentar”, “na hora de lidar com a pessoa insuportável quero ver amar de verdade”. Só que esse amor não se restringe a um sentimento fácil. Exige esforço. Exige a consciência de que dele depende a união do Corpo de Cristo. Repare o que o apóstolo Paulo diz em Efésios logo em seguida a “suportando-vos uns aos outros em amor”: “Esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz; há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação“.

Amar aqui é uma atitude apresentada como algo que exige esforço. E não um esforço qualquer, mas um esforço “diligente”, ou seja, com zelo, com cuidado, com dedicação. E com qual finalidade? “Preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz“.

Deus deseja paz para sua Igreja. Deseja paz para cada membro de seu Corpo. Para os gente fina, mas também para os insuportáveis. Jesus nunca prometeu que na congregação dos santos todos seriam pessoas fantásticas, nossos melhores amigos. Temos que amar todos os que ali estão, o que significa um grande esforço para aturá-los em suas chatices. Você certamente sabe quem são os insuportáveis da sua igreja. Ame-os. Suporte-os. Despenda esforços nesse sentido. E faça isso com zelo. Pois essa é a única forma possível de haver unidade na Igreja.

Ah, só mais uma coisa: nunca se esqueça de que o insuportável da sua igreja pode ser… você.

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Maurício Zágari - Apenas

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Manifestações sociais no Brasil e o contexto bíblico

As manifestações organizadas e sistemáticas em vários pontos do Brasil não podem ser desconsideradas e nem lidas apenas sob um ponto de vista. Vários são os fatores que proporcionam essa nova realidade em um país que sempre foi caracterizado por um povo passivo diante de injustiças sociais. E isso tudo é sintomático. Não se trata de algo casual ou descontextualizado. A mídia convencional não tem condições de minimizar os efeitos disso, pois a tecnologia fez com que qualquer pessoa, via seus perfis pessoais na Internet e equipamentos móveis, reportasse o que tem ocorrido há alguns dias em todo o País.

Vamos, porém, a alguns aspectos que podem falar sobre a origem disso. Há uma forte e crescente insatisfação de uma parte dos brasileiros com a corrupção generalizada nas instituições políticas e partidárias formais. A popularização do uso de redes sociais virtuais também colabora para que seja mais fácil chamar a mobilização de um grande número de pessoas (mais de 60 mil se somarem todos os pontos de manifestações). As más notícias sobre inflação dos preços dos produtos e serviços e risco de perda de poder de consumo também ajudam a compor um cenário geral de descontentamento popular.

Mas quero olhar sob outro prisma essas manifestações. A Bíblia deixa claro que todos são livres para se expressarem da maneira que desejarem. Deus concedeu o livre arbítrio, ou seja, a possibilidade real de decisão autônoma sobre a vida. E quem participa de manifestações assim tem todo o direito de caminhar pacificamente em prol de uma causa na qual acredita. Há liberdade, também, para os que preferem realizar caminhadas de oração e compreendem que também estão agindo em prol do seu semelhante.

Violência – A Bíblia, no entanto, condena a violência contra pessoas ou mesmo patrimônio público e privado. Em Provérbios 10:6 é dito que “sobre a cabeça do justo há bênçãos, mas na boca dos perversos mora a violência” (versão Almeida Revista e Atualizada). Nada justifica destruir algo que é de todos ou mesmo colocar em risco a vida do semelhante. E, por mais que os líderes das manifestações aleguem, a existência desse tipo de ação sempre abrirá espaço para algum tipo de violência. Tanto da parte dos manifestantes, quanto da parte da polícia que inevitavelmente vai agir para reprimir o que considerar ameaça à segurança pública.

O palco – Li alguns textos interessantes da escritora norte-americana e uma das fundadoras da Igreja Adventista do Sétimo Dia, Ellen White, a respeito desse assunto. E percebo como realmente profeticamente já se falava sobre o fato de as grandes cidades se tornarem palco de ações como essas manifestações. 

Textos do século retrasado ou passado são bastante atuais. No livro Testimonies for the church é dito que “não há muitos, mesmo entre educadores e estadistas, que compreendam as causas em que se fundamenta o presente estado da sociedade. Os que detêm as rédeas de governo não são capazes de solver o problema da corrupção moral, da pobreza, do pauperismo (miséria e extrema pobreza) e da criminalidade crescente. Estão lutando em vão para colocar as operações comerciais em bases mais seguras. Se os homens dessem mais atenção aos ensinos da Palavra de Deus, encontrariam solução para os problemas que os assoberbam”.

As grandes cidades do mundo são e ainda serão palco de muitas tragédias sociais como as que assistimos preocupados no Brasil. Mas em vários outros países isso tem ocorrido regularmente. E infelizmente pouco se vê em termos de avanços sociais a partir desses embates com repercussões quase sempre violentas. Em outros livros, Ellen White aconselha as pessoas a viverem fora dos grandes centros, mas a se envolverem com a missão evangelizadora nas grandes cidades. Parece um paradoxo, mas não é. Os cristãos, que se pautam pela Bíblia Sagrada, devem trabalhar para levar a mensagem divina a todos, inclusive nas grandes cidades. Por outro lado, a vida em lugares mais afastados oferecerá melhores condições de saúde mental e física.

O que as grandes cidades talvez precisem tanto não são passeatas, originalmente pacíficas, mas que dão margem em seu entorno a vandalismo e violência generalizada. As grandes cidades precisam de uma intervenção de Deus. E isso se dará por meio de pessoas realmente motivadas pelo Espírito Santo que deverão fazer a diferença na sociedade. Mas e as injustiças sociais desse mundo? Ao que tudo indica e podemos ver, são consequência do pecado e não irão cessar, nem pela realização de passeatas ordeiras, muito menos porque alguns estão quebrando tudo o que vem à frente ou colocando fogo em veículos. Serve para nossa reflexão. O conflito é outro…

Felipe Lemos é jornalista e gerente da Assessoria de Comunicação da Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia

terça-feira, 11 de junho de 2013

A Bem-Aventurança do Perdão

Baseado no Salmo 32.

Vou começar com uma pergunta: Existe Felicidade? Há várias teorias: alguns dizem que felicidade é apenas um sonho, um ideal inatingível e que, portanto, ela não existe. Outros dizem que felicidade é formada por momentos felizes, e que felicidade é a soma desses momentos agradáveis.

Entretanto, a Bíblia afirma que embora existam momentos e tempos de tribulação para todos, podemos ser felizes, e que a felicidade existe.

Vamos estudar hoje a base e o fundamento da verdadeira felicidade, em 4 Partes do Salmo 32:

1- O Homem Feliz (v. 1-2)
2- O Homem Infeliz (v. 3-4)
3- Como ser Feliz (v. 5-7)
4- A Vida Feliz (v. 8-11)

I – O HOMEM FELIZ

Versos 1-2: “1 Bem-aventurado aquele cuja iniqüidade é perdoada, cujo pecado é coberto. 2 Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não atribui iniqüidade e em cujo espírito não há dolo.”

Aqui temos uma bem-aventurança. Isso significa felicidade. “Bem-aventurado” é o homem feliz. O salmista começa com um glorioso clímax, como era o método do pensamento hebreu. Ele começa com a melhor parte.

Quem é bem-aventurado? Quem é o homem feliz? O homem feliz é o homem que foi perdoado.

Mas De que é que esse homem foi perdoado?

O salmista apresenta 4 palavras que descrevem o caráter desse homem: no v. 1, a palavra é transgressão, (heb. pesha) que significa rebelião contra as leis de Deus; a outra palavra pecado (chatâ-âh = katáh), que significa uma ofensa a Deus; a 3ª palavra é iniqüidade (‘âvôn), que quer dizer perversidade, injustiça, ou o contrário de eqüidade. E temos a 4ª palavra que é dolo, ou engano (remiyâh) que significa traição. Quem é o homem feliz? É o homem que foi perdoado da sua transgressão, do seu pecado, da sua iniqüidade e da sua traição.

Se eu perguntasse, O que é Pecado? Que resposta você daria?

O apóstolo Paulo faz uma lista dos pecados da carne, que “são: a prostituição, a impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as discórdias, as dissensões, os partidos, as invejas, as bebedices, as glutonarias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais eu vos declaro, como já antes vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam” (Gál 5:19-21).

Você tem uma outra lista? O que é pecado para você?

- Irreverência é pecado; tomar o nome de Deus em vão é pecado;
- Trabalhar ou falar palavras profanas no sábado é pecado;
- Reter os dízimos e ofertas é pecado de roubo a Deus;
- Comer demais, tomar cerveja ou vinho é o pecado da intemperança;
- Ociosidade, gastar tempo em coisas inúteis, desperdício das horas;
- Pornografia, imoralidade, fornicação e adultério é pecado;
- Assassinato, homicídio é pecado; mas odiar também dá no mesmo.
- Mentira, mexerico, fofoca, falar mal dos outros é pecado;
- Orgulho, vaidade, avareza, ciúme, cobiça e inveja – é tudo pecado.

Mas a base de todo o pecado está no egoísmo, no egocentrismo, na egolatria – a adoração do próprio “eu”, em oposição à adoração do verdadeiro Deus.

Quem é o homem feliz? É o homem que foi perdoado de qualquer desses pecados ou de todos eles ao mesmo tempo, sem distinção de qualquer um.

Mas Qual é o pecado que Deus não perdoa? Não existe um pecado que Deus não possa perdoar. Alguém poderia contradizer isso afirmando que a blasfêmia contra o Espírito Santo é o pecado que Deus não perdoa. Mas eu respondo que o pecado contra o Espírito Santo é justamente a recusa para obter o perdão. Se alguém não quer o perdão de Deus, então, o problema está com ele, não com o Salvador.

Deus perdoa a qualquer pessoa de qualquer pecado. Você pode imaginar um grande criminoso, culpado das maiores atrocidades, das maiores perversidades e blasfêmias. Imagina a um bandido que entra numa casa de noite e para roubar uma família mata primeiro os filhos na presença dos pais e depois mata a estes também. Pode Deus perdoar a um homem assim? Pode. E ele ainda pode ser feliz pelo perdão divino, enquanto o povo fica admirado ou revoltado diante de tão grande amor.

E, no entanto, Quantos são pecadores? Quantos precisam de perdão? Todos, sem distinção. Imagine uma grande multidão, e você olha para muitas pessoas: vê aquele homem, alto ou baixo; magro ou gordo; bonito ou feio; branco ou negro; rico ou pobre. Você jamais falou com uma pessoa que não fosse um pecador. Você jamais se encontrou com um homem ou uma mulher que não fosse um pecador. Você jamais olhou para um ser humano que não fosse um pecador.

Mas apesar disso, Quem é o homem feliz? É o homem que foi perdoado. A transgressão foi perdoada (a rebelião foi esquecida). O pecado foi coberto (a ofensa foi aplacada pelo sangue expiatório de Cristo). A iniqüidade não lhe é atribuída, porque Deus que é o grande Juiz justificou o pecador. Os registros do livro do Céu foram apagados e nada mais existe para condenar. Esse homem é considerado como se nunca houvesse pecado.

Ora, se não há mais transgressão, pecado, iniqüidade e engano, o homem está liberto e será realmente feliz. Esta é a verdadeira felicidade de que nos fala a Bíblia, desde as primeiras páginas.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Por que Deus permite tragédias e sofrimento?


 Parentes das vítimas do incêndio em boate em Santa Maria participam de velório coletivo. Reuters.

Domingo, 27 de janeiro de 2013. Centenas de jovens estavam na boate chamada Kiss, no interior do Rio Grande do Sul. Essa noite foi palco de uma tragédia. Depois de um incêndio, foram contados 235 que jovens perderam a sua vida. Ao todo, foram atendidos 568 vítimas do incêndio nos hospitais. O número de mortos, infelizmente, ainda pode mudar.
A tragédia despertou comoção nacional e internacional. Inevitavelmente, as pessoas perguntam-se:  “Por quê? Por que Deus permitiu isso?” Tristemente, O sofrimento alcança todos nós. Numa hora ou outra ainda passaremos por momentos e situações doloridas como as que estão passando as famílias desses jovens.
Jesus sempre nos diz a verdade e é por isso que em João 16:33 Ele afirma: “No mundo tereis aflições…”. Ele não disse que poderíamos, Ele disse teríamos. Mas, por quê? A única resposta que posso dar honestamente consiste em três palavras: “Eu não sei.” Eu não posso estar no lugar de Deus e dar uma resposta completa a essa pergunta. Eu não tenho a mente de Deus. Eu não vejo com os olhos de Deus.
Mesmo não sendo possível entender tudo sobre Deus, podemos entender algumas coisas. Alguns dias atrás estava voltando de viagem para casa e começou um forte temporal. A força e a intensidade da água eram intensas e não conseguia enxergar nada a minha frente.
Fiquei atrás de um caminhão, que provavelmente estava conseguindo enxergar a frente melhor do que eu, e pelas suas luzes fui me guiando para não sair fora da estrada. O mesmo acontece hoje diante do temporal das tragédias. Existem alguns pontos de luzes sobre Deus que nos ajudam a permanecer no caminho certo.
O primeiro ponto de luz é que Deus não é o criador do mal e do sofrimento.
Gênesis 1:31 diz: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom.” Deus existe desde a eternidade como o Pai, Filho e Espírito, juntos em uma relação de amor perfeito. Assim, o amor é o maior valor no universo. E quando Deus decidiu criar seres humanos, Ele compartilhou o amor.
Mas, para nos dar a capacidade de amar, Deus tinha que nos dar o que chamamos de livre arbítrio para decidirmos amar ou não amar. Por quê? Porque o amor sempre envolve uma escolha. Se formos programados para dizer: “Eu te amo”, não seria realmente amor, seriam apenas palavras.
A grande tragédia aconteceu quando o ser humano abusou do livre arbítrio, rejeitando Deus e escolheu andar longe dEle. O resultado foi a introdução de dois tipos de mal no mundo: o mal moral e o mal natural.
O mal moral é a imoralidade, a dor, o sofrimento, a tragédia que vem porque escolhemos, consciente ou inconscientemente, ser egoístas, arrogantes e insensíveis. O segundo tipo de mal é chamado de mal natural. Que se reflete em terremotos, tornados e furacões. Estes são resultados indiretos.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

A Situação Atual da Musica na Igreja

Os tempos em que vivemos requerem que seja feita uma advertência solene:

Parece estar se desenvolvendo, em alguns lugares, uma tendência que não apenas obscurece, mas destrói a linha divisória entre o sacro e o profano. Esta tendência não prevalece meramente na música em si, mas também, na maneira como é apresentada.

A situação já seria bastante séria se apenas o ritmo da musica fosse considerado, mas, quando as plataformas das Igrejas Adventistas do Sétimo Dia são tratadas como palcos seculares, quando os cantores se balançam em uníssono com a música como dançarinos numa fila de coristas ou artistas numa boate, a situação se torna alarmante. Se o Mestre entrasse em sua casa, como fez na passado, certamente ordenaria com autoridade: “Tirai daqui estas coisas” (João 2:16).

É necessário que se estudem quatro fatores essenciais, que serão a seguir citados:

1) A linha divisória entre a música aceitável ou não é, às vezes, estreita. Por exemplo, um ritmo ou a maneira de apresentação de uma determinada música tem pouca ou nenhuma diferença daqueles encontradas em outra. No entanto uma delas e sacra, vinda de cima, a outra e profana, vinda de baixo. Isto leva alguns líderes a dizerem: “Música não é minha especialidade”, e assim lavam suas mãos do problema. Outros ainda dizem: “Não julgue, tão somente participe”.

Infelizmente estas declarações são irresponsáveis e sem sentido. João 7:17 diz “que se alguém quiser fazer a vontade dEle, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus, ou se falo por mim mesmo”. Todo o ser humano é capaz, com a graça de Deus, de fazer a distinção entre a musica aceitável e a inaceitável.

2) Outro fator contribuinte da decadência na música da igreja é que muitas pessoas em posição de liderança procuram subestimar a importância de cuidadosa discriminação na escolha da música. Freqüentemente protestam: “Que diferença faz?” “Isto não é assim tão importante.” “Estão fazendo disto um cavalo de batalha…” Talvez nos impressionasse mais essa maneira de pensar, se não conhecêssemos a história de Adão e Eva. Mas quando lembramos do fruto da árvore do conhecimento não era visivelmente diferente do fruto de outras árvores do Jardim, sentimos que algumas “pequenas” diferenças não são de fato “pequenas” – elas são “enormes”! Todos os que sinceramente desejam agradar a Deus, não as trarão levianamente. Procurarão ver as coisas como Deus as vê, e ouvi-las como Deus as ouve.

3) O gosto pessoal, tanto de jovens como de idosos estão levando a fazer pouco caso do uso ou não de música falsificada, simplesmente por que eles gostam e tem prazer em cantá-las.

4) O quarto fator é que algumas pessoas são tão desprovidas de senso de crítica, quanto a seus pontos de vista, que estão dispostas a permitir qualquer tipo de música em seu lar, na escola, ou na igreja, baseadas no argumento de que esta é a maneira de manter os jovens sob o “manto” adventista.

A Igreja nunca presta um serviço ao pecador, comprometendo-se com o mundo. E melhor que os não regenerados permaneçam fora da Igreja até que se submetam aos princípios da igreja, do que ela se tornar semelhante ao mundo, alistando como membros, aqueles que desejam trazer suas normas, seus costumes e gostos consigo.

Será que a Igreja de Laodicéia, através de sua mornidão e satisfação própria, permanecera indiferente aos perigos que enfrenta? Permitirá ela que costumes, normas e valores mundanos alterem gradativa e imperceptivelmente sua natureza distinta? Tornar-se-á a música do mundo, música da igreja? Mas o que declara a palavra de Deus sobre tal assunto?

A resposta, cabe aos responsáveis pela liderança da Igreja nestes tempos solenes, e aos que suspiram e gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela ( Ezequiel 9:4).

Kenneth H. Wood (falecido), foi por 16 anos editor-chefe da Adventist Review (Revista Adventista, em inglês), e por 28 anos o diretor do Centro E.G. White. O presente artigo foi o editorial da Review and Herald de 20/01/72.



sexta-feira, 26 de abril de 2013

Iniciando uma Vida Cristã

Aqui está uma carta surpreendente de um dos representantes de nossa escola bíblica na África:

“Cinco anos atrás, recebi um pedido do pessoal da Voz da Profecia para visitar um prisioneiro que era aluno da escola bíblica postal. Eu mostrei o pedido para as autoridades da prisão, que graciosamente me deram a permissão para a visita. Em virtude do desejo profundo daquele homem de estudar a Bíblia, eu o visitava regularmente.

Seis meses depois da minha primeira visita, ele pediu para ser batizado e se unir à igreja. As autoridades concordaram em arranjar as coisas necessárias para que o batismo pudesse ocorrer na prisão. Os carcereiros e outros prisioneiros se ajuntaram para testemunhar um dos mais tocantes batismos que já tive o privilégio de oficiar.

Pouco depois disso, nosso irmão foi libertado da prisão, apesar de ainda ter muito tempo restante para completar a pena. Quando perguntei o motivo, foi me dito que sua vida tinha mudado tão drasticamente, e ele era uma testemunha tão poderosa do seu Salvador e da sua religião que não se conseguia mais vê-lo nem tratá-lo como prisioneiro. Esse homem voltou ao convívio de sua família, e hoje é um líder de uma das nossas congregações no lugar onde mora”.

1. QUAL É O SIGNIFICADO DO BATISMO?

Quando esse prisioneiro se tornou um cristão e sua vida mudou completamente, por que foi necessário que ele fosse batizado? Numa conversa com Nicodemos, o líder da comunidade religiosa que foi ver Jesus à noite, Jesus ressaltou para ele a importância e o significado do batismo:

“Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo… se não nascer da água e do Espírito”. João 3:3, 5 (A não ser quando indicado, todos os textos bíblicos da série DESCOBERTAS BÍBLICAS são da Nova Versão Internacional da Bíblia [NVI].).

Portanto, de acordo com Jesus, precisamos ser nascidos “da água e do Espírito”. “Nascer do Espírito” significa entrar numa nova vida mediante uma mudança de mente e de coração. Por envolver um tipo de experiência completamente novo, e não apenas um aperfeiçoamento do velho estilo de vida, o ato de fazer parte do reino de Deus é denominado novo nascimento. O batismo pela água é um símbolo exterior que retrata a mudança interior. Nosso colaborador na África batizou um prisioneiro como reconhecimento de seu compromisso com Cristo e como símbolo da transformação que o Espírito Santo estava operando em seu caráter.

2. POR QUE EU DEVERIA SER BATIZADO?

Nossa salvação é possível em virtude de três grandes atos de Cristo:

“Cristo MORREU pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi SEPULTADO e RESSUSCITOU no terceiro dia, segundo as Escrituras”. I Coríntios 15:3, 4

Cristo possibilitou a nossa salvação mediante a Sua morte, sepultamento e ressurreição.

“Ou vocês não sabem que todos nós, que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos BATIZADOS EM SUA MORTE? Portanto, fomos SEPULTADOS COM ELE na morte POR MEIO DO BATISMO, a fim de que, ASSIM COMO CRISTO FOI RESSUSCITADO DOS MORTOS mediante a glória do Pai, TAMBÉM NÓS VIVAMOS UMA VIDA NOVA”. Romanos 6:3, 4

Cristo morreu por nossos pecados, foi sepultado, e então ressurgiu da tumba para nos dar uma nova vida de justiça. Ao sermos batizados, estamos simbolicamente participando de Sua morte, sepultamento e ressurreição. O batismo significa que morremos para o pecado com Cristo, sepultamos nossa vida de pecado com Cristo, e estamos ressurgindo para viver “uma nova vida” em Cristo. A morte e a ressurreição de Jesus se tornam a nossa própria morte e ressurreição. Deus pode fazer com que morramos para o pecado, como se tivéssemos crucificado nossa vida de pecado. Ele pode nos ressuscitar para as coisas do Espírito, como se estivéssemos ressuscitando dos mortos.

O ato físico do batismo representa simbolicamente os passos da conversão. Primeiramente, somos mergulhados na água, somos imersos completamente, da mesma forma que uma pessoa que morre é enterrada e coberta com terra. Isso mostra que estamos desejosos de morrer com Cristo e enterrar nosso velho estilo de vida. O batismo é um funeral, uma despedida formal de uma existência na qual o pecado nos dominava. Então, somos erguidos da água pela pessoa que está nos batizando, da mesma forma que uma pessoa é ressuscitada do túmulo. Isso mostra que somos uma “nova criação”, que recebemos a “nova vida” prometida por Deus.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Dois Animais Estranhos e o Número 666

 Recebi outro dia uma carta dramática de uma garota que durante anos desperdiçou a vida afundada no mundo das drogas e da promiscuidade. Os pais dela sofriam muito. Choravam e suplicavam a Deus que operasse um milagre na vida da filha. Com apenas 16 anos, ela fugira de casa à procura de novos horizontes. Cinco anos mais tarde, estava completamente prisioneira de uma série de circunstâncias. Irreversíveis, do ponto de vista humano.

Era noite fria do mês de junho, em São Paulo. As luzes de néon piscavam, iluminando os nomes das boates e clubes noturnos de uma parte da cidade denominada “boca do lixo”. Ali estava ela, parada numa esquina, tentando vender o corpo para comprar um pouco de droga. O inferno de sentimentos, lembranças e revoltas queimavam-lhe o peito. Sentia-se injustiçada pela vida. Sozinha e esquecida por todo mundo.

→ Às vezes, Deus nos permite correr e correr, até cair exaustos em alguma esquina da vida. Às vezes, esta é a única maneira de lembrar que Deus existe: quando tudo falha; depois de ter destruído a família, os sonhos e os ideais. Quando só nos restam os cacos e os farrapos de um presente sem perspectivas. No lixo da vida, a quem clamar, senão a Deus?

Foi isso o que a garota de nossa história fez. Do fundo de um coração cheio de rancor e angústia, clamou e foi ouvida. A história de sua conversão poderia ser relata como mais um milagre de Jesus, no fim do século XX. Mas a carta relatava outro incidente, capaz de chocar qualquer pessoa. Depois de meses estudando as Escrituras, ela descobriu o plano que Deus tinha para sua vida. Aceitou a Jesus como Salvador e batizou-se como orienta a Bíblia.

Era véspera de Natal, quando decidiu retornar para casa e oferecer para mãe o maior presente que qualquer filha poderia oferecer: abraçá-la e dizer: “Mãe, Deus operou um milagre na minha vida. Você não terá que passar mais noites de lágrimas e sofrimento pela filha extraviada. Jesus mudou minha vida, e hoje estou aqui de volta ao lar.”

Viajou 1500 quilômetros até chegar à pequena cidade que a vira nascer. Mas quando a mãe soube que ela havia sido batizada numa igreja diferente da sua, quase gritou: “Você desonrou a nossa família vivendo uma vida perdida. Trouxe opróbrio e vergonha e, agora, como se tudo isso fosse pouco, você ainda me diz que traiu a religião dos seus pais? Você renegou a tradição de sua família? Preferia antes ver você drogada e prostituída do que ‘crente’.” “Mãe” – disse a garota – “você não compreende? Eu não estou falando apenas de religião. Estou falando de vida. Eu era uma pobre drogada e Jesus mudou a minha vida! Você compreende?”

A mãe não compreendeu, e esse foi o motivo da carta. A garota sentia-se incompreendida, e, dessa vez, não foi ela quem fugiu de casa. Foram os pais que a expulsaram. Mas o que tem tudo isso a ver com o Apocalipse? Muito, porque no capítulo 13 encontramos uma profecia que tem que ver com intolerância religiosa. Fala-se da perseguição que os filhos de Deus sofrerão nos dias antecedentes à volta de Cristo.

As duas grandes bestas

Nesse capítulo, encontramos descritas duas grandes bestas. A primeira sai do mar (Apocalipse 13:1); a segunda, da terra (Apocalipse 13:11). À primeira, foi-lhe dado poder para pelejar “contra os santos e os vencer” (Apocalipse 13:7). E a segunda proíbe que alguém possa comprar ou vender se não tiver a marca da besta. (Apocalipse 13:17). Para você compreender melhor, veja como João descreve a primeira besta:

“Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças, e, sobre os chifres, dez diademas, e sobre as cabeças, nomes de blasfêmias. A besta que vi era semelhante ao leopardo, com os pés como de urso e boca como de leão. E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade. Então, vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a Terra se maravilhou, seguindo a besta; e adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à besta; também adoraram a besta, dizendo: quem é semelhante à besta?

Quem pode pelejar contra ela? Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e autoridade para agir quarenta e dois meses. E abriu a sua boca em blasfêmia contra Deus, para Lhe difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no Céu. Foi-lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação; e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo”.
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